da máquina de propaganda socialista

dizer que a máquina de propaganda socialista é a melhor que já se viu em política é capaz de ser um eufemismo. eles são brilhantes, não há como negar. eu não vi a declaração do primeiro-ministro ainda em funções, porque os gajos resolveram adiá-la até começar o jogo do barça-real. ora como eu já estou cansada da máquina, fiz o que eles queriam, mudei de canal. assim como assim já sabia que aquilo ia repetir 3498 vezes. não me enganei, vi agora na sic notícias. ora reparem como eu tenho razão. quando não se aprovou o pec 4, o governo disse que isto ia ser o caos por culpa dos irresponsáveis dos tipos da oposição. depois do ministro das finanças ter forçado a entrada do fmi, com a sua entrevista ao jornal de negócios, os gajos fazem-no desaparecer. puf! foi-se nos ares, nunca mais ninguém lhe pôs a vista em cima. mais, não se entende como é que os jornalistas deixaram passar esta situação, em vez de se plantarem em frente a casa do gajo, para perguntar o porquê desta marginalização. nos entretantos, chega a troika e começa uma campanha, muito bem desenhada (há-que dizê-lo) de desinformação socialista. números capazes de causar pânico até na pessoa mais zen, "ai que o fmi vai dar cabo da economia", "ai que acabaram os subsídios de natal e férias", "ai que todas as pensões vão ter cortes", "ai meu deus, ai meu deus". e finalmente aparece o grande salvador da pátria, sócrates, pois claro. e faz o grande favor de nos informar que afinal só nos vão emprestar 78 mil milhões de euros, porque ele recusou que nos emprestassem 106 mil milhões. e mais, não vão cortar 13º nem 14º mês, nem as pensões mais baixas. vai poder continuar a ser este regabofe, não vai ser preciso mudar em nada este estilo de vida. e a reboque trouxe o ministro das finanças com cara de quero-fugir-e-não-posso, só para nos provar que o gajo não foi atirado ao mar como o bin laden. só que o que o nosso salvador se esqueceu de dizer (ups, toda a gente tem esquecimentos) é o que está no acordo. porque ontem o tipo só se referiu ao que não está no acordo...