sábado, 12 de março de 2011

protesto da geração à rasca - eu vou!

até hoje não estava convencida a participar no protesto. porque não acho que seja só uma geração à rasca. porque também vejo os meus pais à rasca. porque também vejo a minha única avó à rasca. porque não tenho muito jeito para ser aqueles sindicalistas sempre de braço no ar. a protestar contra as políticas do governo. porque isso não me diz nada. já se vi escrever muitas asneiras sobre isto. também já vi pessoas - não vou dizer o nome do miguel sousa tavares, nem da isabel stilwell, porque é chato - que eu muito considerava dizer burricadas pela boca fora. estou farta do preconceito em relação à questão. mas depois de ver o governo dizer com aquela cara de pau que deus lhes deu - curioso, a esses não os vejo à rasca - que vai haver "medidas extraordinárias" resolvi ir. amanhã às três estou lá. porque acho que isto está tudo às avessas. e acho que tem de se deixar de fingir que está tudo bem. com muita gente na rua pode ser que se dê início a alguma coisa. eu já emigrei uma vez, para poder trabalhar. não tenho problema nenhum em emigrar outra vez. em busca de oportunidades. pelas quais vou lutar. porque eu não tenho medo de trabalhar. tenho é medo de não o poder fazer. mas sou portuguesa. e gostava de trabalhar em portugal. ajudar o país a sair desta fossa. ser parte da solução.

p.s.- acabo de voltar do pingo doce de fafe, onde estive 13 horas de pé, a promover a porcaria do frango do campo, enfiada num fato ridículo, com um chapéu de pauliteiro. depois de uma semana em que enviei 50 currículos (para os quais obtive 5 respostas, todas negativas e todas a invocar a crise), e tomei conta de quatro miúdos. por isso, não me venham dizer que eu ando a laurear a pevide, porque não é verdade. e não admito. e estou farta dessas confusões.

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