o meu "mai nobo" e a minha "mai noba"*

enquanto se anda vai-não-vai a acabar o processo de estágio ando a tomar contas de miúdos e estou a adorar. ou melhor, estava enquanto tinha duas pequenotas. é que esta semana comecei com o meu "mai nobo" e a minha "mai noba". filhos de novos-ricos. tipicamente. e juro que não sou eu a ser snob. são tão insuportáveizinhos, quanto as outras duas miúdas são amorosas. a regra em casa do meu "mai nobo" e da minha "mai noba" é que os meninos têm de aprender por eles mesmos. por isso, não se ralha, nem se bate, põe-se os meninos a pensar se estão a fazer o certo ou o errado. portanto, eles podem fazer tudo. andarem à pancada, destruírem os brinquedos um do outro, comer às horas que lhes apetece, interromper a mãe a falar, ir para a cama quando têm sono, fazer os trabalhos de casa enquanto vêm desenhos animados. tudo! desde que pensem se é certo ou errado. é uma teoria, que podia resultar. mas acontece que é como o comunismo: muito bonito no papel, uma desgraça na realidade. e está bem para mim, está. eram duas lambadas naqueles rabos, a ver se não deixavam logo de voar "ninossauros" em direcção à minha cabeça. hoje vou para lá das 4 à meia noite (estou-me a benzer, neste momento), e cheira-me que, se se portarem como da última vez, espeto-lhes com um xanax ao jantar, que a coisa acalma de certeza.

*nome dado pela mamã