sexta-feira, 10 de agosto de 2012

(os anos d)a minha mãe

não são hoje. até já passaram uns dias. mas por falta de tempo, ainda não tinha escrito este post. eu que falo tanto, às vezes consigo exprimir-me melhor a escrever. e queria dizer que a minha mãe é que é mesmo a melhor do mundo. porque passou a vida dela a dedicar-se a nós. a mim e à minha irmã. e, acreditem em mim, isso não é uma tarefa fácil. e ela raramente se queixa da trabalheira que isso deu. e eu, por feitio, não lhe mostro muitas vezes - porque não sou de beijinhos nem abracinhos - que sei disso. mas sei. e admiro. porque agora que estou fora e com uma casa para tomar conta, sei o que isso tudo custa. a ginástica que é preciso fazer. o equilíbrio precário em que se vive. o que acontece quando uma das engrenagens emperra e faz todo um dia desorganizar-se, como que por magia. os horários apertados. as mil coisas que se quer fazer. o tentar manter a sanidade no meio de tarefas da treta - ir às compras, destinar almoços e jantares, explicar as tarefas do dia à empregada, separar roupa, fazer máquinas, cozinhar, lavar loiça. e ainda tentar ser magra. e gira. e estar arranjada. e trabalhar. e falar com clientes parvos. e ir ao ginásio. e ser bem educada com toda a gente. e tentar ser boa pessoa. e eu já acho isso difícil. e nem sequer tenho nenhuma filha tão insuportável como eu. e tudo isto para dizer: parabéns, mummy!

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