domingo, 30 de janeiro de 2011

an ordinary sunday

há uns domingos atrás, quando fui ter com o meu amorzinho-coisa-mais-linda-da-sua-namorada (ele ainda estava por cá, snif, snif) a lisboa, fui de comboio. ai que coisa extraordinária, pensam vocês. não, a sério. ouçam até ao fim. cheguei a campanhã, eu, o cão, a mala, o computador, o saco da comida do cão, o livro, o fato novo do diogo, atrasada. e estava atrasada porque o trânsito para lá estava impossível. cheguei lá e percebi porquê. à volta do comboio intercidades estava uma pequena multidão. fiquei com o coração em fanicos, porque de repente percebi. aquela gente, tudo gente nova, estava a despedir-se das famílias, dos amigos, das namoradas. para ir trabalhar ou estudar para lisboa durante a semana. era tanta, tanta gente. e fez-me tanta, tanta pena. por saber que a maioria daquelas pessoas vai forçada. porque aqui em cima há menos possibilidade de emprego. porque tem de ser. mas será que tem mesmo? é que o porto é a segunda cidade de portugal. se no porto é assim, imagine-se como deve ser em vila real ou em beja. bolas, será que não há maneira de parar esta migração constante? começo sinceramente a achar que a solução para este país passa pela regionalização. e nem me quero meter por veredas políticas. é por uma questão de lógica. o país é pequeno, mas daí a ter tudo de se pisgar para lisboa em busca de uma oportunidade, chega a ser ridículo.é que parece que o resto do país é um deserto. deixem-me elucidar os mais distraídos. não é.

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