o espírito de natal já não é o que era?

é uma pergunta. podem dar a vossa opinião. num dos lados da minha família, e como somos muitos, em vez de darmos um presente a cada, sorteia-se um amigo oculto, e cada pessoa dá um só presente e recebe de outra. até este ano. é que aqui há uns dias, em família houve uma discussão daquelas por causa dos presentes de natal. ah e tal porque as coisas não estão fáceis e patatipatata e portanto este ano não há presentes para ninguém, dizia uma parte da família. eu tentei controlar-me, mas acho que uma chispa ou duas me saltaram dos olhos sem querer. então porquê que não se baixa o plaflond e passa para 5 ou 10 euros, para ser só uma lembrança com piada?, perguntei eu com uma voz quase nada alterada. porque se é para dar merd@s nós preferimos não dar!, resposta do outro lado. cenário típico de guerra civil. berros de um lado, berros do outro. até que se resolveu que quem quer entra, quem não quer que vá passear. ora bolas, detesto quando me tentam estragar o meu espírito natalício. não tem a ver com o presente em si (embora eu adore receber mil presentes, não vou ser hipócrita a dizer que não), mas se tenho familiares que estão a passar por dificuldades é óbvio que não vou ficar ofendida por não receber um colar de diamantes. mas aquela parte de abrir, tentar descobrir quem deu, para mim também é parte do espírito de natal. uma das minhas tias do outro lado também está numa situação complicada, e deu-me dos presentes mais giros que já recebi. a mim e aos sobrinhos todos. fez umas caixinhas amorosas e forrou cada uma com um tema (a minha era com recortes de revista de obras de arquitectura) e dentro pôs a sobremesa favorita de cada um, cozinhada por ela mesma! todos adorámos, claro. porque para mim, isso é que é o natal. é estar com as pessoas. e elas perderem um bocadinho de tempo a pensar em nós. e nós nelas. a lembrarem-se. porque esse ainda é o espírito de natal. é só querer que ele exista.

p.s.-para logo fica a fotografia da minha giríssima árvore de natal, ah pois é.