segunda-feira, 31 de maio de 2010

conversa parva com os de lá do trabalho...*



a. (mirando o dedo anelar da mão esquerda de um colega de trabalho): casaste durante o fim-de-semana, adrien?
adrien (rindo como é seu apanágio, mas um pouco escandalizado): nãaaaaao. achas que sim?!?
a.: não sei qual é o mal...
patrão de a.: sabes é que aqui na suíça não dá muito jeito casar. os impostos são um bocado mais caros. ninguém se casa aqui.
a.: (what the f#ck?!?)

já tinha percebido que a maioria dos suíços são um bocado cínicos e pouco amistosos e românticos, também já me tinham dito muitas vezes que o casamento é um mero contrato. eu não estou como no anúncio do pilhómetro. eu acredito sem ver. e escusam de me chamar tolinha. recuso-me a ver o casamento como uma coisa que dá jeito ou não. gosto de pensar que são duas pessoas a declarar que preferem ficar juntas. que gostam o suficiente para acreditar que vai ser para sempre. mesmo quando a maioria das vezes não é. alguns ainda são. com os meus avós foi assim. décadas juntos. por isso eu ainda acredito. por isso eu quero para mim um vestido branco. (dispenso a rendinha pirosa do de lá de cima, mas foi o que se arranjou) e flores cor-de-rosa. e quero ter tudo a que tenho direito. anel. igreja. padre. pétalas. presentes. casa. essas coisas.
e depois há a parte da ramboiada. que também é bonito.

*e não, não é uma indirecta para ninguém

Sem comentários:

Enviar um comentário